Poema
Não olhes.
O mundo está prestes a rebentar.
Não olhes.
O mundo está prestes a despejar a sua luz
E a lançar-nos no abismo das suas trevas,
Aquele lugar negro, gordo e sem ar
Onde nós iremos matar ou morrer ou dançar ou chorar
Ou gritar ou gemer ou chiar que nem ratos
A ver se conseguimos de novo um posto de partida.
harold pinter
várias vozes
tradução jorge silva melo e francisco frazão
quasi
2006
2 comentários:
Nunca tinha olhado.....para este poema mas é belissímo.
à noite a lua brilhará.
e será bastante luminosa.
haverá, é verdade,
um vento cortante
mas que abrandará pela meia-noite.
nada mais acontecerá.
esta é a última previsão.
harold pinter
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