24 de outubro de 2008

a poesia / fernando lemos





não há tempo






Não há tempo
há horas
Não há um relógio

hábitos que
me habitam


O poema dói
o ponteiro corta
a hora que queima
a morte simula

respira
para não me distrair








fernando lemos
a única real tradição viva
antologia da poesia surrealista portuguesa
perfecto e. cuadrado
assírio & alvim
1998






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