28 de fevereiro de 2008

mais longe





fora do tempo
é mais longe do que qualquer espelho

minha ilha
meu incêndio de pedra

sobre a corrente assassina
de me perder


cansa-me de água e de sol
inquieta-me

do segredo das sementes
e do chão tóxico

dos vulcões
em que me deitei

quando a noite me atormentava
de não chegares

quando a madrugada
me matava de partires

3 comentários:

fernanda disse...

Muito bonito.

nuno disse...

sim, muito bonito, gil.

Anónimo disse...

Fui impelida a reler várias vezes...