as mãos roçam a noite como árvores nuas e tudo o que deixam nas janelas fechadas é um canto de pedra, um canto negro que sobe e desce os telhados de ruas desconhecidas e desertas, que se esconde em corações solitários, como gárgulas de sangue, por onde escorrem vozes, gritos secos e antigos, gritos de medo, gritos de raiva, de homens que sufocaram no tempo, estrangulados de mentira e de lama.
sou tão invisível, hoje! nenhuma ponte me apanha no abismo de acordar.
3 comentários:
Que lindo! Parabéns.
o blog foi uma das primeiras referências da pesquisa google por henry deluy. fucei e encontrei muitas surpresas boas por aqui, gostei muito.
Asseguro-lhe que o canto fez a ponte. Parabéns.
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