mais tarde
sentiria a dor da terra seca
havia de ouvir o cinzel do tempo
e experimentar o arrepio
da fusão lenta dos espelhos
que estranho fogo nos queima
quando da solidão suprema
se ergue o chão de todas as coisas
e exangues de saudade e medo
aí deixamos o amor
todo o amor
com a violenta ternura
do que é eterno
quanto mais se pode dar
a quem um dia nos cruzou o coração
como um equador
de vida e paixão?
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