eis o lugar
da secura súbita dos rios
o deserto estridente
das horas
onde a palavra
se apaga
e os lábios
talham
o novíssimo nome
da morte
eis o tempo
que se esconde
no tempo
a paisagem falsa
da noite
iluminada
o rosto assassino
a mão que esmaga
a luz
no frágil ofício
da doçura
eis o amor
o secreto sangue
no incêndio
dos espelhos
a cinza solta
sobre a ilusão
dos pássaros
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