9 de junho de 2007

onde mora o coração



ainda que um último navio
viesse pousar-me nas mãos
toda a solidão
das ilhas

e na brevíssima noite
dos mortos
rompesse límpida
a última nuvem
da saudade

ainda assim

só contigo subiria
toda a neve dos dias
até se esgotar
o vermelho

essa casa
onde mora o coração







2 comentários:

Anónimo disse...

Gil, mais um dos teus excelentes poemas

esgotei o azul que pintava o meu coração


um beijo e o pedido de um livro teu

saudades num abraço

lena

Isabel disse...

vejo que encontrei outro escritor...=)
excelente poema...